domingo, 6 de maio de 2018

La Paz



Apaixonada. Não pelos prédios ou monumentos. O pouco que vi durante 1 dia e meio que fiquei lá, se resumiu ao centro histórico que envolve a Igreja de São Francisco e Rua de las Brujas (chapada de lojinhas, cafés, agências de turismo e hostals.)


Pixações por quase todo lado, calçadas bem danificadas, emaranhados de fios de eletricidade enfeiam bastante as ruas e os prédios antigos sem manutenção. Bem pobre e meio suja. Trânsito caótico e carros caindo aos pedaços.


Por sorte, era sábado e havia uma super mega blaster feira. Ali deu para respirar o ar de La Paz. Respirar não... ofegar! Além da altitude, as ruas são ladeiras. Ou seja: 10 passos e tenho que parar para recuperar o fôlego.


A feira é uma monstruosidade e nem deu para ver tudo. Muitas flores no meio das frutas, roupas, sapatos, peixes, frangos... e as mulheres maravilhosas com suas roupas coloridas. Culturalmente milionários.


Ainda deu para assistir a um concerto no Museo de Instrumentos Musicais. E comer truta no mercado frequentado só por bolivianos.


O que me apaixonou foi o povo. Desde o recepcionista do hostal até os vendedores ambulantes. Passando pelos feirantes, garçons, motorista de táxi, do buzão, funcionários das lojinhas... Essa gente é extremamente simpática e solícita.


Não ficam azucrinando turistas. Muito pelo contrário.  Explicam tudo pacientemente e não fazem cara feia se vc não compra ou muda de idéia.
Na rua, perguntei a um homem que andava com a família, onde poderia comer uma truta que não fosse em um lugar para turistas. Gentilmente orientou um mercado frequentado por moradores. Um senhorzinho ouviu, completou a orientação e lá fomos nós para a melhor truta da minha vida. Quase de graça. Alguns olhares estranhando nossa presença no mercado Rodriguez, mas, logo depois, muitos sorrisos e atendimento super gentil. Eles são assim mesmo! Encantadores. Não tiram vantagem nem esperam nada em troca. Foi o que eu vivi.
A pechincha é livre mas não é grosseira. Eles mesmo já dão o preço é já vão abaixando... kkkkkkkk!


Fui tão bem tratada que voltarei aqui para descobrir os cantinhos encantadores que sei existirem. Café del Mundo foi uma das descobertas.
La Paz, desta vez, foi só de passagem para Cuzco. Mas tenho que voltar! Certeza! Gente boa por todo lado.  

sábado, 5 de maio de 2018

Salar de Uyuni


Três dias e meio rodando pelo deserto do Atacama e Salar do Uyuni. O impacto do visual supera de longe o incômodo da poeira e das condições dos banheiros.



Água por aqui tem horário e os baños não são muito bacanas. Mas a água, quando tem, é quente.


Só se vê mochileiros. No nosso grupo, além da Mag e do Geraldo, haviam duas moças holandesas e um inglês chamado Ben Gardner. (Delas eu não lembro o nome direito. Dele até o sobrenome. Feio isso. Mas é um fofo gentil mesmo... fazeoquê!)


Formamos um grupo bem divertido! Ao final, as holandesas foram para um lado,  o inglês para outro e nós seguimos para La Paz.


Nesse pacote de 3 dias e meio, depois dos trâmites de migração para a Bolívia, rodamos por paisagens em um jeep 4x4. Ainda bem que todo mundo estava disposto a fotografar! (a vantagem de viajar em grupo.)


Lagunas várias,  Deserto de Dali, mais águas termais (banho, claro. Não resisto e entro em toda água quente que aparece. Mag também!) 


E um geiser lindo e fedorento chamado Sol de Mañana.
Uma dorzinha de cabeça que vai e vem ainda por conta da altitude.


Sigo mascando as folhas de coca que o guia já deixou à disposição do grupo. E o ar ainda falta conforme se sobe nas pirambeiras dos passeios.




Falando em coca, por aqui é água.  Cerveja de coca, refrigerante, energéticos, balinhas, chás e as tais folhas para mastigar. Melhora a dor de cabeça, mas é amargo!


No segundo dia foram o canions gigantescos e as cervejas artesanais. Cerveja de quinua, de cactus e claro, de coca.




E no terceiro dia... o espetacular amanhecer no Salar de Uyuni.



Uma ilha de pedras e cactus (Isla Incahuasi), planícies de sal onde fazem etapas do Rally Dakar.



Tudo cansa e considero subir todos os caminhos de pedra, uma preparação para a trilha inca de Machu Pichu daqui alguns dias. Enquanto isso... haja folha de coca. Eca. Enjoei. Não havia sinal de Internet em todo esse percurso. É engraçado ver todo mundo meio ressabiado por isso... Inclusive eu.

Nossa! Já ia esquecendo das lhamas! Vi em todas as formas. Filhotinhos, negras, marrons, brancas, selvagens, domesticadas e até em forma de chuleta no prato dos colegas. São fofas. Não as chuletas.
Agora é desbravar La Paz. Parece bacana...

terça-feira, 1 de maio de 2018

São Paulo de Atacama


É isso mesmo. Logo na chegada à São Pedro de Atacama, fomos avisados de que havia um movimento para "cambiar el nombre de la ciudad" para São Paulo de Atacama devido à quantidade de brasileiros que circulam por aqui.


 Turistas, donos de comércio, funcionários e guias. Invadimos.


Muito gostoso aqui. Muita poeira aqui. Muito caro. Muito lindo. Tudo é muito. Sol estorricante, céu tão estrelado que até agonia, frio cortante, passeios únicos.


No primeiro dia fizemos o Valle de la Luna. Caminhada em uma caverna que era uma mina de sal. Para chegar até ela, andamos por uma meia hora sob o sol escaldante do deserto.


Parecia um filme do Indiana Jones. Seria algo como "Em busca do saleiro perdido".


O passeio acontece de tarde e acaba com um pôr do sol estonteante no Mirador del Coyote.


 História bacana do padre Gustavo que nomeou os principais pontos daqui. Tem até uma rua (a da igeja) que leva o nome dele. Para saber mais deste moço, Gustavo Le Paige, jesuíta que chegou por aqui nos anos 50, dá um Google.


Pela manhã deu para conhecer a cidadezinha que é uma fofura com suas lojinhas bares e restaurantes. Sabem receber bem. E cobrar também.  Foi um dia de aclimatação...


No segundo dia fomos ao Geyser del Tatio à 4.321 metros com um friozinho de -7graus.
Coisa de doido. Amei! A gente sai as 5 da manhã, e um pouco antes do sol nascer, os corajosos podem tomar banho em uma fonte termal com água beeem quente.


Claro que fui. Mag também. Geraldo preferiu explorar ao redor... rsrsrsrs
Tirar as roupas pesadas foi difícil+.  Caminhar até a água quente naquela friaca foi difícil++.


Mas entrar na água foi uma delícia!  Os dedos que já estavam amortecidos pelo frio voltaram a viver. Lembrar que havia esquecido a máquina fotográfica foi chato. Voltar ao vestiário correndo, pegar a máquina e retornar foi difícil +++. Foram minutos gloriosos naquela água quente.


 Para finalizar o episódio termal,  ao sair da água, percebemos que um fdp havia se trancado na nossa cabine para se trocar. Foram 2 minutos de palavrões e batidas desesperadas na porta. Sobrevivemos. Delícia.


No caminho de volta vimos visadas (parente da lhama). E ainda paramos em um pueblo no meio do deserto chamado Machuca.



Amanhã faremos o Uyuni que dura uns 3 dias e não retornaremos à São Pedro Paulo de Atacama. De lá seguimos provavelmente para La Paz.
Antes uma cervejinha no único boteco que vende cerveja sem comida agregada. É lei aqui!